29 de outubro de 2009
Produtividade x Assistencialismo
12 de outubro de 2009
Entorpecentes
Se ao ler o título deste post e fazer associação com a imagem você logo se viu mergulhando em um mundo obscuro e sem volta... Relaxe, não é sobre isso que quero falar. A falta de lucidez pode levá-lo a lugares que sua alma jamais sonhou em visitar e dos quais certamente haverá de se arrepender pelos transtornos que causa, mas a verdade é que, na maior parte do tempo, passamos por isso sem mesmo nos darmos conta.
Um dos postulados para uma vida saudável diz respeito a tratar nosso conjunto corpo/alma como um templo. Assim como quando nos encontramos em um (e o significado pode variar de indivíduo para indivíduo, atrelado à religião em si - uma igreja, uma sinagoga - ou a serenidade que o mar ou o campo representa), centramos nossas energias em forma de prece na busca de equilíbrio, paz e conforto, saímos fortalecidos e confiantes no caminho da luz que atravessa nossas crenças. Só que nem sempre é assim.
Existem dois tipos de entorpecentes que, agindo em campos opostos - corpo e mente - contaminam o processo e violam o princípio da salubridade. Se quiser experimentá-los em conjunto, basta abrir um pacote de Doritos diante da TV.
(Pausa. Discorrer sobre o assunto não significa dizer que eu mesmo não me abasteça dessas fontes nos momentos em que julgo 'necessário', justamente aqueles em que a mente pede pausa e o corpo anseia pela caloria vazia. Continuemos).
Horas e horas e mais horas diante da TV e da programação que a acompanha é um verdadeiro exercício de atrofiamento mental. As grandes corporações sabem disso, e não é à toa que expõe figuras insólitas como Faustões e Gugus para comandar o circo, desligando cérebros em nome do controle das massas. 'Panis et circensis', os romanos espremidos no Coliseu. Se os tempos mudaram, as políticas não, basta ver quem é que na prática elege presidentes e manda no país.
Mudemos o lado. Em ritmo da ansiedade, substituímos os nutrientes que nosso organismo necessita por qualquer porcaria que abafe nossas lamentações, agústias e escapes. E o corpo trabalha em dobro, processando o alimento absolutamente desnecessário. A prática do jejum, por exemplo, é recomendada uma vez ao mês e reestabelece o fluxo energético através da eliminação de toxinas, devolvendo ao organismo o conceito de templo momentaneamente esquecido. É normal nos sentirmos mais despertos e produtivos quando comemos menos, com qualidade, e longe da TV.
Um pouquinho do BBB, um pastelzinho na feira, vá lá, de vez em quando são práticas que nos devolvem ao mundo real. O que é preciso, nem que seja necessário nos exercitarmos continuamente para isso, é estabelecer o limite do que não nos torna escravos de nossos próprios vícios.
6 de outubro de 2009
'Sometimes I feel like screaming!"
4 de outubro de 2009
Heróis Anônimos: Rodrigo Yoshida
Rodrigo Yoshida. 28 anos, casado há 5, analista de marketing do Banco Itaú. Há 10 anos tem como companheira uma cadeira de rodas, fruto de um acidente com moto que o deixou paraplégico. Não ia a mais do que 30km/h quando um carro o atingiu e ele, ao cair, prensou o capacete junto ao pneu de um carro estacionado, fatalidade que fez com que apenas a coluna se deslocasse e sofresse fratura. Naquele momento, relata ele, percebeu que alguma coisa mais grave se passava: “Quando me dei conta, vendo meu corpo virado para um lado e as pernas para outro, sem poder movimentá-las, entendi o que tinha acontecido . Mas fiquei aliviado, em parte, quando percebi que podia movimentar os braços”.
Creio que foi isso que chamou minha atenção em relação ao Rodrigo. Nos cruzamos poucas vezes, é verdade, mas em todas ele sempre se saía com um comentário engraçado ou uma piadinha. No aniversário do Bruno, quando recusou a cerveja que o garçom insistia em colocar em seu copo, respondeu “Para, desse jeito você acaba me deixando bêbado. Já não tô nem sentindo minhas pernas...”