20 de fevereiro de 2009

Einstein

Cientista, não é isso? Qualquer um haverá de associar o nome ao ofício sem muita dificuldade. Einstein foi o gênio que revolucionou a física e o mundo da ciência com sua teoria da relatividade, e como tal é conhecido como uma das mentes mais brilhantes - senão a mais brilhante - que já colocou os pés neste planeta. O que pouco se conhece a seu respeito são suas incursões por outros campos, pensamentos colocados de forma magistral como os que transcrevo abaixo:

"Que estranho destino de nós, mortais! Aqui estamos por um breve período, não sabemos com que propósito ainda, mas as vezes achamos que o percebemos. Mas não é preciso refletir muito para saber, em contato com a realidade cotidiana, que a gente existe para as outras pessoas. Em primeiro lugar, para aqueles de cujo sorriso e bem-estar depende totalmente a nossa própria felicidade e, depois, para muitos outros, para nós, desconhecidos, a cujo destino estamos ligados por laços de afinidade. Eu recordo cem vezes por dia que minha vida interior e minha vida exterior se apoiam no trabalho de outros homens, vivos e mortos, e que devo me esforçar para dar na mesma medida em que recebi e sigo recebendo. Me atrai profundamente a vida frugal e costumo ter a absoluta certeza de que absorvo uma quantia indevida do trabalho de meus semelhantes. As diferenças de classe me parecem injustificadas e, em última análise, baseadas na força. Creio que também é bom para todos, física e mentalmente, levar uma vida simples e modesta".



"Sempre me pareceu absurdo, de um ponto de vista objetivo, buscar o significado de nossa própria existência ou de outras criaturas. E, no entanto, todos temos certs ideais que determinam a direção de nossos esforços e julgamento. Neste sentido, nunca persegui a comodidade e a felicidade com fins em si mesmos. Chamo a esta colocação ética e o ideal da pocilga. Os ideais que iluminaram meu caminho e me proporcionaram uma ou outra vez novo valor para enfrentar a vida alegremente foram a beleza, a bondade e a verdade. Sem um sentimento de comunhão com os homens de mentalidade similar, sem ocupar-me do mundo objetivo, sem o eterno incansável das tarefas da arte e da ciência, a vida teria me parecido vazia. os objetos triviais de esforço humano - posses, sucesso, público, luxo - sempre me pareceram desprezíveis".



"O que é realmente valioso no espetáculo da vida humana não é, na minha opinião, o estado político, mas o indivíduo sensível e criador, a personalidade. Só isso cria o nobre sublime, enquanto o rebanho como tal se mantém torpe no sentimento. Esse tema me leva ao pior produto da vida de rebanho, o sistema militar, que detesto. Que um homem possa sentir prazer desfilando ao compasso de uma banda é suficiente para que eu o desconsidere. Esta praga da civilização deveria ser abolida o mais rápido possível. Que vil e desprezível é a guerra".


Gênio em todos os sentidos, Einstein declarou que, se não fosse cientista, teria sido músico. Sensibilidade ele tinha de sobra.

3 comentários:

  1. Simplesmente iluminado! Desconhecia estes pensamentos sensíveis de Einstein. Imagine o que ele poderia criar dentro da musica...

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  2. Já imaginou? Einstein & the logaritmics? Haha...

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  3. Isso deve ser apenas uma mostra do que ele pensava de todos nós, pobres mortais. Me sinto assim pois acredito que por aqui passam pessoas mais evoluídas, como este gÊnio que resumiu de maneira simples o real sentido da vida. Adorei!

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