25 de maio de 2009

"Humildade, família e amor"








Philipe Charak. Brasileiro, corinthiano, 13 anos. Meu sobrinho. Perante a lei judaica, acaba de atingir a maioridade. O rito de passagem é comemorado através de uma cerimônia em que o jovem é chamado à leitura da Torah, o livro sagrado que representa o velho testamento. Deu um show, parecia um veterano. E encerrou a cerimônia com um pequeno discurso.

As palavras que dão título a este post não são minhas. São dele. "Humildade, família e amor". Nestes tempos modernos onde impera o acesso fácil à comunicação, que abre portas para um mundo envolto em tecnologia e entretenimento, praticamente sem limites, é admirável notar os valores que ainda habitam o mundo de um jovem. Falar em humildade em um meio que, diga-se de passagem, quase não existe, é uma lição para todos aqueles que fizeram de suas vidas um caminho de sucesso e, quase que ao mesmo tempo, tão arrogante e desprovida de um sentido mais profundo. Não se trata de invalidar o caminho do sucesso, de uma forma ou de outra é o que todos buscamos. Mas quando este se transforma no cartão de visitas que atiça o ego e dá a falsa impressão que o mundo se divide em senhores e escravos, eis que algo precisa ser corrigido. A começar no espírito dos jovens, com exemplos como esse.

Na família, forjamos os pressupostos que validam nossa existência, estendendo-os gradativamente ao mundo que nos cerca. Criamos valores, aprendemos lições, nos preparamos para a vida! Agradecemos àqueles que vieram antes de nós por sua paciência e dedicação, esperando ver, nas gerações que nos seguem, algo extraído de nossa própria natureza. É em seu seio que começamos a reconhecer, ainda que em leves pinceladas, traços que levam à terceira referência deste post: o amor.

Defini-lo seria criar limites, o que por definição não me parece viável. Tudo que fala ao coração é amor, tudo que aquece a alma é amor, tudo que nos toca e nos transforma é amor, todo pelo arrepiado ou falta de palavras é amor! Sua expressão é infinita e cada um tem uma interpretação - qual é a sua? - mas fico com o sentimento que sempre passa por algo que nos eleva, que nos faz pertencer a esta unicidade que nos irmana. É o amor que temos uns pelos outros que não nos torna simples fragmentos dispersos universo afora!
Parabéns, Philipe, pela passagem e pela postura. E que estes pilares sempre façam parte de sua vida!

4 comentários:

  1. Parabéns para a família e para o pequeno grande Phillipe. E é conforme temos conversado, a turma nova vai alavancar a mudança com os seus bons modos. Abraços

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  2. Obrigado, Kyria. É isso aí, que estas novas gerações assumam seu papel com honra e dignidade!

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  3. Grande Tio, grande sobrinho! Aproveito para dizer que o Philipe tem excelente gosto futebolístico, além de demonstrar através destas apalvras uma sensibilidade incomum nos adolescentes de hoje. Parabéns ao Tchelo e a toda família. Aliás, fotos de família reunida e bom de ver! Abs!

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  4. É sim, Harold, ainda mais quando a gente se encontra a cada 2 ou 3 anos (parte da família está no Uruguai). Quanto ao time... sabe como é, o garoto é bom, mas não é perfeito... rs Abs!

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