27 de setembro de 2009

Ecos do Japi




Patty, se me permite, tomo a liberdade de fazer uso do título do seu blog , o Ecos do Japi (sigam o link e boa viagem), para este post. Lá estive no último sábado em companhia dos amigos Haroldo e Priscilla para uma gostosa caminhada em meio à mata, acompanhado também da Rosana e dos pequenos notáveis incansáveis João Pedro e Luiza. Além, é claro, da nossa querida guia Patty 'Salerosa' em pessoa.

A Serra do Japi é uma cadeia montahosa que se divide entre os municípios de Jundiaí, Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Cabreúva. Foi declarada reserva da Biosfera pela Unesco e tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. "Um santuário", como diz a Patty em seu blog, que abriga natureza diversa e exuberante.
Recorro ao meu querido Abel Antunes, personagem de 'O último mensageiro', em uma de suas passagens à beira do rio com Marina, deslumbrada com a beleza do lugar em que se encontravam:



"– Que lugar maravilhoso é este?

À luz do dia, por entre o voar dos beija-flores e a passagem dos esquilos pelas árvores próximas ao rio, Marina estava fascinava com a beleza simples da Lumiar. Encontrara Abel recolhido junto à margem, exatamente no ponto mais alto antes da embocadura que levaria aos chalés.

– Já tomou seu café? – Ele perguntou.
– Saí de lá neste instante – ela apontou para a recepção. – Onde você estava?
– Fui dar uma volta, acabei de me acomodar aqui.

Na elevação em que se encontravam, podiam observar a parte mais larga do rio, embora fosse também a mais rasa, com pedras de tamanhos e formatos variados dispostas quase que em linha reta de uma margem à outra. A água circulava suavemente por entre elas em um esteio cristalino, sem muita velocidade.

– Não canso de vir para cá – Abel disse. – Abre meu espírito, me conecta com a natureza.
– Não é pra menos. Aqui dá pra esquecer da vida.
– Ao contrário, Marina. Aqui se resgata o verdadeiro valor da vida".

Eis aí o mesmo sentimento que me mobiliza em situações como essa: a simplicidade de estar conectado à natureza e seus elementos e o prazer de desfrutar da magia das pessoas, verdadeiro bálsamo para quem vive o dia a dia do concreto, da razão e do egocentrismo espalhado por todas as esferas. A alma agradece o privilégio!

Crédito da foto 'Borboletas':Priscilla P. Gutierrez

11 comentários:

  1. Grande momento, não é meu amigo! E nada por acaso... O lugar é realmente mágico e torna-se mais fácil entender a paixão e engajamento da Paty pelo santuário. Valeu a companhia deste sábado, já guardado na memória! Nos falamos para as próximas... Abraços e ótima semana!

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  2. Que surpresa boa saber que já andastes naquele pedaço de céu na Terra, a janela do meu quarto dá para a Serra e que delícia é aquele lugar, o cheiro, o som, a frescura... só quem já esteve por lá, sabe dos prazeres que ela esconde.

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  3. Hola,
    Natureza sempre,encontramos a paz na natureza de meu Deus amoroso, pena que poucos observam a magia que ele nos oferece.Verde,verde...
    Abraços
    Indiana

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  4. São esses pequenos momentos, my dear friend, que no conjunto, dão sustentação à vida. Tijolinhos de uma caminhada, às próximas sem dúvida! Abs e boa semana!

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  5. És, portanto, uma privilegiada, Cris!Bjs e boa semana!

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  6. É exatamente o afastamento e falta de respeito para com ela, natureza, que dá a dimensão exata do momento em que vivemos, Indiana. E pela lei da ação e reação somos penalizados com tsunamis, furacões e toda sorte de adversidades que a natureza, em auto defesa, nos impõe. Obrigado pela visita e uma ótima semana!

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  7. André, vale citar que a foto das borboletas foi possível graças a sua leve e iluminada pegada pela trilha. No seu tênis duas!!! borboletas pousaram felizes e curiosas para demonstrar que equilíbrio e respeito são sinônimos na natureza. Você esta de parabéns pelo belo trecho do livro citado e cliques da trilha. Aproveitarei seu verde olhar para iluminar um pouco o Olhos Verdes, ok?! Um pouco atrasadinha, mas tá valendo né?!
    Grande abraço!
    Saudações japienses como diz a nossa querida Salerosa!

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  8. Pri, meu trabalho foi só clicar, voces e a natureza fizeram o resto! Quanto às borboletas, diria que elas não estão acostumadas a ver alguém com algo roxo nos pés e pousaram por lá para conferir se era roxo mesmo...rs - Valeu mesmo, foi um enorme prazer desfrutar da companhia de voces e viver momentos tão agradáveis que, com toda certeza, se repetirão em breve. bjs e boa semana!

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  9. Ola, André, fico feliz por compartilhar o momento mágico e in loco com todos vcs. Obrigada por divulgar este precioso lugar, que precisa das atenções e ações.
    Sinta-se convidadíssimo sempre que quiser aventurar-se nas trilhas do Japi.
    Interessante o trecho de seu livro! "balsamo" -para a alma.

    Grande abraço, nos falamos.

    Paty

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  10. Foi e será sempre um grande prazer, Paty!

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  11. Intenso,programa esse,através do blog de Patty,conhecimento de paraíso esse tomei,vivo quase que diáriamente no clarear do dia,duas a tres horas inesquecíveis,entre atlanticas matas em aussi de montanhas cadeias,antigos cafezais imperiais,assim como em cachoeiras,duchas inenarraveis,belo post,belo tributo a paraíso este,assim como à vida!

    te abraço,assim como,mãos suas e de Patty beijo!

    Viva Vida!

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