22 de abril de 2009

Abel Antunes


Começo aqui a discorrer um pouquinho sobre os principais personagens que compõe o último mensageiro e que tem convivido comigo nestes últimos anos. Criá-los, ordená-los e fazer com que cumprissem com o papel que lhes foi atribuído foi uma grande honra para mim. A pesquisa, a construção e a revisão foram extensas, mas é extremente gratificante ver o resultado final. Não digo isso por atribuir qualidade ao trabalho: aos olhos de quem faz, o resultado é parte de um processo estabelecido no início através de um objetivo, e ir em busca dele é o que realmente conta.

Abel Antunes é um idealista. Tem 33 anos, mora com os pais e trabalha como gerente de produção em uma fábrica de meias, atividade pela qual tem verdadeira repulsa. Não pela atividade em si, mas pelo meio em que ela se reproduz: condições de trabalho deploráveis, ambiente fétido, relações desumanas. Seus anseios vão ganhando corpo para que ele possa assumir, através de suas transformações internas, o papel que dá origem ao título. Nas suas próprias palavras: "É essa estranha sensação de ter nascido predestinado que me acompanha. “É você, Abel!” – parece dizer, ainda que a certidão de nascimento traga Abelor, Abelor Antunes". Um herói dos novos tempos, que passará por um ritual de iniciação em Bali e voltará ao Brasil para criar a nova ordem: "Que a memória de meus ancestrais celebre o dia que põe fim à era da incerteza, do oportunismo e do descompromisso humano. Hoje sou pura magia, rastro de pó que se estende pelo universo sem limites. Hoje é o meu grande dia!".

É aqui que a jornada se inicia. Convido você a fazer parte dela.

Um comentário:

  1. Muito legal Andrew! Parabéns por mais esta obra que terei o prazer de concluir em breve.Para quem conheceu Tanatos, será uma satisfação!Abs!

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