6 de abril de 2009

Seven Pounds

O que menos importa, até pelo caráter que compõe a ficção, são as motivações que levam Ben Thomas, o fiscal da Receita Federal vivido por Will Smith (que já nos havia brindado com o belo 'A procura da felicidade') a seguir com seu objetivo em 'Seven pounds', por aqui traduzido como 'Sete vidas'.

Thomas, em claro contraste com a natureza humana, volta sua atitude ao próximo e passa a desenvolver sua linha de compaixão e desapego. Como eu disse, há um pressuposto para que isso ocorra e que serve como ponto de partida para tal atitude, mas deixemos isso pra lá. Emociona a dedicação por si mesma, sem a exigência da troca. Thomas sabe que sua dívida é para com ele mesmo e pretende pagá-la preenchendo as necessidades de seus escolhidos.

Poucas vezes vi tamanha abnegação e, confesso, me emocionei ao extremo. Qualquer pessoa que tenha o prazer de assitir ao filme (o começo é um pouco arrastado, mas se recupera quando Thomas passa a sinalizar sua real intenção) e que tenha apreço por atitudes como essa saberá do que estou falando. Atos simples, atos que exigem maior dedicação, não importa. O que realmente conta é que damos um passo gigantesco quando deixamos nossas necessidades individuais em segundo plano em prol de um bem maior. Basta que nos reconheçamos como fragmento, como parte do todo, para saber que o trabalho pelo todo é o trabalho por nós mesmos.

Que mais e mais pessoas em posição de destaque, como é o caso de Smith, e que tem o poder de disseminar mensagens através de sua exposição, sigam este caminho. A raça humana agradece.



2 comentários:

  1. Que bom exemplo, principalmente quando parte dos enlatados americanos!E como sabiamente você disse, a nós cabe "apenas" seguir o caminho e atuar mais a favor do todo.Conseguimos? Abraços

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  2. E se você ainda não pediu, meu amigo, 'pida'!

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