7 de fevereiro de 2009

Economia solidária

16/12/2008

E eu que pensei tratar-se de um modelo economicamente sustentável, cuja finalidade maior era diminuir os contrastes gerados pelo bicho capitalista. Detentores dos meios de produção de um lado e mão de obra do outro, além de um sistema que permitisse "a valorização do ser humano e não do capital". Aprendi com o projeto de iniciação científica da minha filha, uma jovial e inspiradora mocinha de 14 anos, fruto de uma geração que, diferentemente da minha, talvez faça algo a respeito quando chegar lá. E não será por comprometimento ou consciência, afinal de contas todos nós os temos em maior ou menor escala. Será simplesmente porque o sistema, cheio de boas intenções, mas perverso por natureza, não lhe deixará alternativa.
Enquanto isso, entende-se por economia solidária os movimentos de socorro a bancos, montadoras, seguradoras e qualquer outro destes filhos pródigos que se engasgam no próprio vômito. Trilhões para recolocar o trem nos trilhos a fim de evitar o colapso - ao menos por enquanto - exatamente como o viciado que tem a certeza que no amanhã larga tudo. No seu íntimo, ele sabe que esse dia nunca chegará, que a força que se move de fora para dentro é maior do que a sua e que fatalmente, no devido tempo, estará morto. A prática posterga o destino, mas não se arrasta para longe dele. Resguarda, a quem tem, o direito à posse e sobrevida para que outros, lá na frente, assumam responsabilidades que não lhes pertenciam. É por isso que digo que não haverá alternativa.
Economia solidária, nos nossos tempos, poderia ser chamada de economia solitária. E salve o tricolor que eu já estou indo...

3 comentários:

  1. Eii, essa pesquisa é minha !
    ahhahaha

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  2. Eii, essa pesquisa é minhaa !
    ahhahaha

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  3. Isso se chama integração, meu anjo, o aprendizado se dá daqui pra lá e de lá pra cá. Já se foi o tempo em que tudo vinha de cima pra baixo...

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