
27 de junho de 2009
Abel Antunes em revista

24 de junho de 2009
Zen habits parte 2 - O poder mágico do foco

Seguramente este não é um tema presente em nosso pensamento o tempo todo. Para mudar o conceito, algumas considerações:
- Se acordamos pela manhã pensando na imbecilidade de coisas que temos para fazer ao longo do dia, certamente teremos um dia imbecil. Mas se acordamos e focamos na maravilhosa dádiva que é estar vivo, nosso dia será repleto de plenitude
- Se deixamos que nossa atenção pule de uma coisa a outra, teremos um dia atarefado, fragmentado e provavelmente improdutivo. Se focamos em uma tarefa específica, por outro lado, estaremos conectados a ela de tal maneira que não será apenas a coisa mais produtiva que faremos ao longo do dia, mas também será repleta de prazer
- Chegando em casa depois do trabalho: se focamos no fato de que estamos cansados e tudo que desejamos é ‘relaxar’ diante da TV, tudo que teremos como retorno serão horas e horas (provavelmente inúteis) diante da TV. Se focamos em uma vida sadia e produtiva, por exemplo, seremos sadios e produtivos fazendo um pouco de ginástica, nos alimentando bem, produzindo algo (oi eu aqui blogando!)
Vejamos alguns exemplos em que o poder do foco pode ser usado para melhorar alguns aspectos de nossas vidas:
1. Foque em um único objetivo de cada vez
Dois ou três objetivos ao mesmo tempo, via de regra, leva ao ponto em que nenhum deles se completa. Sobrepostos e difusos,dispersam a energia necessária para que cada um deles seja levado a êxito. Exemplo: se resolvo emagrecer ao mesmo tempo em que resolvo pintar a casa, posso cair na besteira de passar horas pintando e depois, morto de fome... Já viu, né?
2. Foque no agora
Focar no presente, ao invés de manter o pensamento no passado (‘Não acredito que ela falou isso pra mim!’) ou no futuro (‘O que é que eu vou falar nessa reunião amanhã?’) requer disciplina, mas os resultados são fantástico: redução de estresse, melhor aproveitamento da vida e maior produtividade (ói eu aqui blogando!)
3. Flua!
Você já se envolveu em algo a ponto de sentir o mundo a sua volta desaparecer? Quando você perde a noção do tempo em função do que está fazendo, abre caminho para o conceito do fluir, um dos mais importantes ingredientes para se alcançar a felicidade. Desligue a TV (que é o oposto ao fluir) e dedique-se a algo que o envolva (oi eu!). Foque e surfe na onda do agora!
Sentimentos de missão cumprida descarregam sensações agradáveis no corpo e espírito. Lembre-se também de manter o olhar voltado para os aspectos positivos e agradecer, sempre, pelo simples fato de estar vivo
Por enquanto é isso!
20 de junho de 2009
Otimizando o tempo

É uma ironia da vida moderna que, enquanto a tecnologia segue inventando coisas que nos poupam tempo, nós o usamos para fazer mais e mais coisas, imprimindo à vida um ritmo alucinante. Ela acaba passando tão rápido que mal temos tempo de aproveitá-la!
Será que é mesmo necessário ser assim?
Um ritmo mais tranqüilo significa tempo para aproveitar as manhãs (ao invés de sair feito um louco para o trabalho), tempo para curtir o que você está fazendo. Significa adotar a prática de ‘uma coisa de cada vez’ ao invés de uma multiplicidade delas onde não há foco em nenhuma.
Diminuir o ritmo é uma escolha consciente e nem sempre fácil, mas leva a melhor apreciação da vida e maior grau de felicidade. Eis aqui algumas sugestões para fazê-lo:
1. Faça menos – É difícil diminuir o ritmo quando você tenta fazer milhões de coisas ao mesmo tempo. Ao invés disso, faça a escolha consciente de fazer menos focando naquilo que é realmente importante, naquilo que precisa ser feito, deixando o resto de lado.
2. Esteja presente - Diminuir o ritmo não é suficiente. Você precisa estar focado no que está fazendo em determinado momento. Quando você se pegar pensando no que precisa fazer, no que já aconteceu ou que ainda vai acontecer, transporte-se gentilmente para o momento presente e mantenha o foco na ação.
3. Desconecte – Não esteja conectado o tempo todo. Aprenda a deixar seu iPhone, iPod, notebook ou o que quer que seja para trás de vez em quando. Quando isso acontece, você presta atenção em outras coisas.
4. Foque nas pessoas – Muitas vezes nos encontramos com a família ou amigos e, na verdade, não estamos com eles. Falamos com eles, mas nossa atenção está voltada para outras coisas. Estamos lá, mas nossa cabeça está nas coisas que precisamos fazer. Escutamos, mas estamos pensando em nós e no que queremos dizer. Preste atenção na diferença entre estar conectado às pessoas e simplesmente encontrá-las.
5. Aprecie a natureza – A maioria de nós está em casa, no escritório ou no carro e raramente em contato com o ambiente externo. Tenha tempo para observar a natureza, inspirar ar puro ou passear pelo campo.
6. Coma devagar – Comer depressa faz com que comamos além do necessário e sem prazer. Aprenda a comer devagar e esteja presente em cada mastigação, apreciando sabores e texturas. Comer devagar traz o duplo benefício de satisfazê-lo com menor quantidade e mais gosto. Além disso, procure alimentos naturais, evite frituras, sal, açúcar e alimentos gordurosos.
7. Encontre prazer nas coisas – Além de estar focado no que estiver fazendo, aprecie. Por exemplo: quando estiver lavando louça, não procure correr com a tarefa para terminar o mais rápido possível. Sinta a sensação da água escorrendo por entre os dedos, da espuma.
8. Tarefa única – Foque em uma coisa de cada vez. Quando você sentir necessidade de pular para outra coisa, pare e respire.
9. Respire – Quando você perceber que está acelerado, pare e respire profundamente. Repita. Sinta o ar penetrando em seu corpo e o estresse saindo. Mantendo o foco em cada respiração você é transportado ao momento presente e a partir daí desacelera.
Crédito da foto: Hape gera
17 de junho de 2009
Enfim... Ética!

O lance inusitado ocorreu em 2006, se não me engano, mas ainda assim vale o registro porque cenas como essa não vão se repetir tão cedo. A partida era entre o time do Ajax (de vermelho e branco), um dos mais tradicionais clubes da Holanda e por onde passou Johan Cruijff - o comandante do carrosel holandês de 74 e um dos maiores jogadores de todos os tempos - e um time de amarelo e azul que não pude identificar. Reza o fair play que, quando um jogador se machuca sem que o juiz tenha marcado falta, e por isso desaba no gramado, a equipe que tem a posse de bola a coloca para fora para que o jogador receba atendimento médico. Reiniciado o jogo com a cobrança de lateral, o jogador que fica com a bola devolve a gentileza ao adversário, normalmente chutando na direção do goleiro sem oferecer perigo.
Crédito da ilustração: Bê Franco
15 de junho de 2009
Batendo na mesma tecla 2

13 de junho de 2009
Batendo na mesma tecla...

11 de junho de 2009
Dark side of the rainbow

Waters, Gilmour e cia. nunca deram crédito à versão. Alan Parsons, engenheiro responsável pelo disco, afirmou que o assunto tampouco foi mencionado durante as gravações. O fato, de qualquer maneira, é que as duas obras guardam notáveis coincidências, o que na pior das hipóteses leva ao conceito da sincronicidade criado por Jung.
Em O último mensageiro fiz alusão ao tema da seguinte maneira:
Bizarro. Curioso, para dizer o mínimo. Não se sabe ao certo de onde surgiu a composição, mas o duo O mágico de Oz, da obra de Frank Baum, produzido em 1939, e Dark side of the moon, álbum da banda inglesa Pink Floyd, gravado em 1973, compunham um continum intrigante. Sobrepostos, acionando-se a trilha do disco a partir do terceiro rugido do leão da Metro-Goldwyn-Mayer no filme, era possível observar uma sincronia incomum, como se as faixas houvessem sido compostas sobre os movimentos dos personagens. A começar pelo triângulo pendurado na árvore quando Dorothy, vivida por Judy Garland, se dirigia ao rancho dos tios, e que guardava incrível semelhança com o prisma da capa do álbum. Ou então seu encontro com o espantalho a caminho da terra de Oz, justamente quando a faixa “Brain damage”¹¹ ganhava seus primeiros acordes. A sra. Gulch em sua bicicleta e os sinos introdutórios de “Time”¹¹, o exército dos Munchkins marchando em perfeito compasso com as batidas de “Money”¹¹. Coincidências – ou evidências – que assumiam papel menor quando comparadas ao espírito que estas duas notáveis produções tinham sido capazes de criar: a busca pela consciência, fé e compaixão, de um lado, e a obra de rara inspiração e relação visceral com o espírito criador do outro.
Hann não teve o menor trabalho em conter o sono. Viu quando Dorothy perdeu o equilíbrio sobre a cerca e caiu, a voz suave de David Gilmour a expressar “And balanced on the biggest wave, you race towards an early grave” em “Breathe”. Ele sabia que Judy Garland havia morrido prematuramente aos quarenta e sete anos, vítima de overdose de barbitúricos, e foi ali que se convenceu que a ligação entre filme e banda não era simples obra do acaso...
Para finalizar, um trecho do filme em sincronia com 'Us and Them' (que já foi tema de um outro post). Interessante notar o movimento das três bailarinas e, principalmente, dos três carequinhas, cujas pernas se movimentam em linha com as batidas da música. Qunado David Gilmour entoa 'Black', o filme fecha em close sobre a bruxa; quando é 'and blue', a cena corta na sequência para a fada.
Sincronias à parte, ouvir 'Us and Them' é um exercício de prazer que se renova há 36 anos!
7 de junho de 2009
O Brasil e a copa

O ufanismo é o mesmo de sempre. O povo sai às ruas para comemorar a escolha das cidades que sediarão os jogos, os políticos discursam e posam de heróis (quando na verdade estão apenas enxergando os novos horizontes que a escolha abre para suas carreiras e seus bolsos), figuras do passado futebolístico cedem sua imagem em troca de exposição (e grana, claro), sem mesmo ter qualquer relação de berço ou trabalho com as cidades para as quais se prestam ao papel. Uma farra. O Brasil tem mesmo essa pobreza de espírito, a mania de trocar os vocábulos 'fato' e 'festa' e viver como o cachorro que abana o rabo para o dono. Ao invés de criar soluções de conteúdo, sustenta-se em pilares de superficialidade regados à cerveja e linguiça e que garantem, como se isso bastasse, a felicidade do povo. Nada como manter essa massa sob controle em sua limitada noção do que a felicidade, de fato, representa.
Não sou contra a copa de 2014 em terras tupiniquins. E não por ser amante do futebol, jogar semanalmente, ir ao estádio ou assistir pela TV. Vivo a paixão desde os 8 anos de idade, quando meu pai me levou pela primeira vez ao Morumbi para assistir a São Paulo e Fluminense. Talvez ela, a paixão, justificasse o desejo. Não. Não pode haver enganos nesse sentido.
A única razão pela qual vejo com bons olhos a realização de uma copa no Brasil é em virtude do ganho que as cidades-sedes, e consequentemente suas populações, terão em questões de infra-estrutura. Uma copa exige transporte, hospedagem e instalações hospitalares, por exemplo, de primeira linha, o que obrigará estas cidades, nos próximos 5 anos, a redimensionar boa parte de sua estrutura. São Paulo terá que contar com transporte mais decente, o que inevitavelmente acelerará as obras do metrô ou os planos de ampliação da malha viária. O resto faz parte do teatro e da vocação do Brasil em viver de imagem, sem um alicerce real que a sustente.
Desviemos o olhar para as estruturas falidas que tomam conta deste país. Segurança, saúde, educação... Há uma enorme incoerência em se pensar em copa quando o país tem necessidades mais preementes, não? Para se ter uma idéia, o país conta com pouco mais de 290 mil vagas em seu sistema prisional, que hoje abriga nada menos do 446 mil. E vamos construir estádios, não presídios. Há 500 mil mandados de prisão não cumpridos porque não há lugar para colocar toda a bandidagem sob custódia da lei. Onde eles estão? Nas ruas, convivendo lado a lado com o cidadão de bem pela simples inoperância do estado. Estado não lembra estádio...?
Esse é o outro lado da questão. A construção e reforma de estádios, principalmente os que pertencem à esfera municipal, vão comer o dinheiro público com voracidade. O exemplo do Pan do Rio parece que não serviu de nada, não sei quantos bilhões acima do orçamento previsto foram gastos e o que restou foram complexos abandoados. Um escárnio. Os políticos se inflamam, falam em novas construções (pergunto: há maior incoerência do que querer construir um novo estádio em São Paulo, que já conta com o Morumbi? Não há nada melhor para fazer com o dinheiro público?). Agem como se nada pudesse abalar seus planos de alçar seus nomes ao estrelato, graças a um evento repleto de glamour e que não enche a barriga de ninguém.
E o povo sorri, abre uma breja e segue comemorando...
6 de junho de 2009
Notáveis coincidências

E assim caminha a humanidade...
Quem quiser relatar experiências outras, por favor sinta-se a vontade!
2 de junho de 2009
Vida longa à tradição celta
